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PR. SERGIO KAMAKURA

DEUS TRABALHA DE DENTRO PARA FORA

LEITURA: APOCALIPSE 17:1
“E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas.”

A Bíblia utiliza muito a metáfora. Por exemplo: a figueira simboliza Jerusalém; a tempestade representa as perseguições que as pessoas sofrem. Nesta passagem, o significado de “muitas águas” está explicado no verso 15: “E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas”.

Têm surgido muitos livros sobre o Apocalipse com diferentes interpretações.
Os pentecostais, por exemplo, têm um entendimento diferente dos evangélicos tradicionais. Mas, o Senhor diz, repetidas vezes em várias passagens: “Não vos desvieis para a direita e nem para a esquerda”.

A direita representa a santidade; a esquerda, a liberdade. Ambos são caminhos perigosos. A busca obsessiva da santidade (extrema direita) acaba levando ao fanatismo. Muitos dos chamados “serial killers” executaram suas vítimas em nome da santidade. O Juqueri está cheio de cristãos fanáticos. E nós temos que ter consciência disso.

A prostituta de que fala o livro de Apocalipse representa a liberdade, sob a qual estarão as multidões de que o apóstolo Paulo fala em II Timóteo 3:1-4: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus...”

Pedro andando sobre as águas simboliza a igreja, salva e sustentada pela graça de Deus. Como parte dessa igreja, nós temos que viver em santidade, ou seja, separados da multidão representada pelas “muitas águas” e dominada pela “grande meretriz”. A pessoa que tem Jesus no coração deve estar separada, ser outra.

Em Mateus 24:37 Jesus faz um paralelo entre os dias de Noé e os dias de hoje. Quando Noé estava construindo a arca, ele avisou o povo sobre a decisão de Deus de enviar o dilúvio, mas ninguém acreditou e todos pereceram, salvando-se apenas Noé e sua família. E Jesus alerta: “Pois assim como nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem”. No entanto, hoje, como aconteceu no tempo de Jesus, as pessoas continuam não acreditando na volta do Senhor, e continuam “comendo, bebendo, casando-se e dando-se em casamento”. Mas, vai chegar a hora, que só Deus conhece, em que Jesus vai entrar na arca e fechar a porta atrás de si, e quem ficar de fora não mais poderá entrar.

A arca nos dias de hoje simboliza a Igreja. Noé sofreu muito, porque sabia do decreto de Deus e via que seus vizinhos e amigos não acreditavam nele e recusavam a oportunidade que Deus lhes estava oferecendo para se salvarem. Quando o dilúvio começou, ele certamente ouvia seus amigos baterem na porta pedindo-lhe que a abrisse. Isso traz sofrimento, dor. Mas, a resistência em aceitar a salvação oferecida por Deus ainda é grande porque a sua obra não está completa, mas quando se completar Deus vai trazer as pessoas para dentro da arca. Em I Pedro 5:10 ele promete: “Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar fortificar e fundamentar”.

Deus está nos construindo, reformando, e não é de qualquer jeito.
Em Gênesis 6:14 Deus instrui Noé sobre como construir a arca: “Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e calafetarás com betume por dentro e por fora”. Deus trabalha de dentro para fora, e por isso o resultado demora a aparecer. Se a obra fosse feita de fora para dentro, todos perceberiam logo que ela está sendo realizada.

Por isso, nós, como igreja, não temos que ficar julgando, condenando quem quer que seja. A igreja é vista como representante de Deus aqui na terra, e se ela manifestar algum tipo de preconceito poderá levar as pessoas à ira, ao ódio. Nossa missão é levar as pessoas para dentro da arca que é a igreja, o corpo de Cristo. Todos nós somos salvos mas isso não implica que todas as pessoas irão para o reino de Deus. Em João 14:6 Jesus diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. E a quem o aceitar como Senhor e Salvador, ele diz em João 10:27 a 29: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar”.

Mas, muita gente não sabe disso, nós temos que anunciar essas boas novas. Quando a princesa Isabel decretou a Lei Áurea abolindo a escravidão no Brasil, não existia TV, rádio ou qualquer outro meio de comunicação rápida. As notícias eram enviadas por mensageiros que viajavam a cavalo, e nem estradas havia. Assim, os primeiros escravos a tomar conhecimento da nova lei foram os que estavam na redondeza. E os que viviam em outros Estados, a centenas quilômetros da corte imperial, como poderiam saber da Lei Áurea? Além disso, não adiantava simplesmente saber que a lei existia, os escravos tiveram que lutar para que ela fosse cumprida, pois seus donos não estavam a fim de abrir mão daqueles que eles consideravam ser suas propriedades.

É o que acontece com a igreja hoje. Todos estão potencialmente salvos, mas é preciso que todos saibam disso, tomem posse e sejam transformados - de dentro para fora.

Segundo Gênesis 7:16, “eram machos e fêmeas os que entraram (na arca) de toda carne, como Deus havia ordenado a Noé; e o Senhor fechou a porta após ele”. Chegou um momento em que Deus mandou Noé entrar na arca com os seus familiares e os animais e fechou a porta. No dia em que aceitamos Jesus, Deus fechou a nossa porta para que o inimigo não entre, e agora ele está fazendo uma obra em nós, de dentro para fora..

Em Efésios 2: 8-10 lemos: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”. Cristo nos salvou mediante a maravilhosa graça divina. As nossas mãos vazias pegando o que Deus nos dá, isso é fé.

O que você imagina que esteja pegando? Será que as minhas mãos vão suportar carregar? Imagine você na arca com todos aqueles animais. Eles têm que comer, fazem sujeira, há um mau cheiro terrível. O dilúvio durou 40 dias, mas provavelmente ficaram por 100 dias na arca até que as águas baixassem. Como foi o convívio das pessoas com os animais e entre si durante esse tempo todo?

O Espírito Santo convive com uma multidão de pessoas: chineses, coreanos, árabes, etc. Como é o nosso convívio na igreja? É possível convivermos sem ciúmes, sem inveja, sem dissensões? Deus diz que é possível, em Gálatas 5:19 a 21, e diz mais, que “não herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam”. Deus está trabalhando de dentro para fora. Ele promete não nos abandonar e, se nós permitirmos, ele vai nos transformar. E quando sua obra estiver completada, todos poderão contemplá-la.